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Praça Raul Soares

  • Mallê
  • 13 de set. de 2016
  • 2 min de leitura

Este é o marco zero da capital mineira. Um lugar que dificilmente seria citado como um ponto a ser visitado. Vivendo de bons e maus momentos, de fato, a Praça Raul Soares já teve seus tempos de glória. Hoje, sofre com o descaso e com a falta de cuidados. Cheia de estigmas, esconde memórias e histórias de grande importância para a cidade, que às vezes parece não se lembrar..

A Praça Raul Soares teve sua construção iniciada em 1931, num lugar que era apenas um grande descampado e que estava longe do centro. Após 5 anos, foi inaugurada, com o II Congresso Eucarístico Nacional. Antes conhecida como Praça 14 de setembro, recebeu o atual nome em homenagem ao governador de Minas Gerais, que faleceu durante seu mandato em 1924.

Tem formato circular, e está localizada no cruzamento das avenidas Amazonas, Augusto de Lima, Bias Fortes e Olegário Maciel. Está rodeada de vários estilos arquitetônicos diferentes, e abriga em seu entorno desde o Edifício Randrade (primeiro prédio residencial construído no local) até o famoso Mercado Central.

Vista do alto, é possível ver os desenhos no chão, feito de pedra portuguesa, formando mosaicos marajoaras. No centro da praça, está a fonte. E por entre os jardins, há alguns bancos feitos de mármore da Serra do Cipó.

Praça Raul Soares, vista do Edifício JK.


Um fato curioso sobre a praça é que naquela época, a sede da UFMG seria construída ali nas redondezas, onde hoje está o Colégio Santo Agostinho.. No entanto, os lotes destinados a isto foram vendidos, e a universidade construída na Pampulha.

Houve uma grande restauração do espaço em 2006. Os jardins foram recuperados, bem como o piso. Iluminação instalada para maior segurança dos pedestres, plantio de novas árvores e poda daquelas já existentes. A fonte voltou a funcionar com luzes e músicas sincronizadas com o movimento da água. Com isso, muitas pessoas passaram a frequentar o local. Caminhadas, encontro de amigos, pic-nick, passeio com cachorros, descanso para ler um livro...


A Praça Raul Soares vive uma fase difícil. Inúmeras pessoas em situação de rua dormem no local e são retiradas de lá pela polícia apenas em épocas de eventos como foi na Copa do Mundo, ou em período eleitoral. Dessa forma, já não atrai tantas pessoas para atividades cotidianas. Bancos quebrados, fonte parada, jardins cheios de lixo. A história esquecida, igualmente abandonada. Entristece o coração!

Cabe a nós, enquanto moradores ou visitantes, cobrar, apontar, não deixar que seja esquecido. Já é tão pouco o verde nos grandes centros... É preciso zelar pelo que ainda temos. Eu ainda acredito, e enquanto espero, guardo as recordações de bons momentos...

 
 
 

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