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Gruta do Maquiné

  • Mallê
  • 30 de ago. de 2016
  • 4 min de leitura

O principal motivo de termos ido até Cordisburgo/MG: conhecer a Gruta do Maquiné. Seria a segunda do Circuito que eu visitaria (a primeira foi A Gruta Rei do Mato, na cidade de Sete Lagoas/MG).

Primeiro, precisávamos descobrir como chegar até lá. De acordo com as várias placas espalhadas pela cidade, era preciso caminhar uma distância de 5km. Estávamos com muito peso, então primeiro buscamos informações sobre algum transporte. O Seu Raimundo, pessoa linda e de sorriso aberto que conhecemos, nos falou sobre um ônibus que passava no ponto ao lado de onde havíamos dormido.

Caminhamos pela cidade para conhecer um pouco mais, depois almoçamos. Por volta de 13h, decidimos procurar esse busu. Perguntamos na rua, mas nos disseram que já o havíamos perdido. Esse ônibus é o que vai de Cordisburgo para Belo Horizonte/MG, então é possível pegá-lo apenas uma vez no dia: às 11 horas, próximo ao Museu Guimarães Rosa.

Nesse caso, era melhor a gente se apressar, pois iríamos andando mesmo, sob um sol de mais de 30°C! Como Seu Raimundo é uma dessas pessoas que não cansa de ser linda, ele guardou nossas mochilas pra nos ajudar. Fomos em direção à saída da cidade para onde a placa apontava.

Passamos por uma ponte, uma fazenda... Não demorou muito para que a estrada cheia de curvas virasse uma subida bastante íngreme. Não fosse o bastante, quase nada de sombra, e nada de carros pra pedir carona! Já estávamos exaustas quando apareceu... uma placa, informando que estávamos no segundo quilômetro de caminhada.

Logo apareceu o primeiro carro, que estava na direção contrária, claro! Já no terceiro quilômetro, um carro subindo. Cheio.

Já estávamos convencidas de que chegaríamos até a gruta caminhando, quando veio um outro carro de carroceria. Ele passou por nós, mas parou alguns metros à frente (acho que viram nossas carinhas cansadas pelo retrovisor e se compadeceram). "Vocês vão pra Maquiné?". Acenamos que sim com a cabeça. Eles disseram que nos levariam, mas teríamos que ficar um pouquinho antes, pois não podiam dar carona. Maravilhoso! O moço que estava no banco do passageiro quis sair pra que fossemos lá dentro. Imagina! Subimos na carroceria, e muito felizes! E o vento na cara tava divino!

Selfie de Carona =)


O "pertinho" do moço era bem pertinho mesmo: em frente ao Museu Interativo! Subimos as escadinhas, e lá estávamos nós! Já havia uma fila com uma turma que esperava o próximo horário de visita. Compramos nosso bilhete (R$20,00 inteira, ou R$10,00 para estudantes com carteirinha e pessoas com idade a partir de 60 anos).

Enquanto aguardávamos nossa vez, fomos visitar o museu. Existem telas espalhadas em algumas salas, com informações sobre as pesquisas realizadas, a fauna e flora locais. Além disso, réplicas dos fósseis encontrados por Peter Lund, e espaço com jogos e atividades temáticas para crianças.

Peças em exposição no museu interativo

Hora de conhecer a gruta. Eu já estava ansiosa! E como não poderia ser diferente, fiquei encantada com tudo o que vi e aprendi dali pra frente!

A gruta, também conhecida como Lapa Nova do Maquiné, recebeu esse nome por causa do fazendeiro Joaquim Maria Maquiné, que a descobriu em suas terras em 1825. Tomando conhecimento, PeterWilhelm Lund, naturalista dinamarquês, teve interesse em explorá-la cientificamente. Por dois anos fez suas pesquisas e descobriu fósseis humanos e de animais.

Foi utilizada por homens pré-históricos como abrigo, dos quais há vários vestígios, desde pinturas rupestres até ferramentas que foram encontradas durante as escavações, petrificadas.

Peter Lund dizia não saber ao certo quanto tempo passou na caverna, já que saía poucas vezes para buscar tochas de fogo que iluminariam o ambiente, além de água e comida. Sendo assim, sem contato com a luz do sol, perdia a noção de dia e noite, não se dando conta de quanto tempo havia permanecido lá dentro. No último salão, fica a chamada "cama do pesquisador", onde Peter dormia.

Cama do Pesquisador


O fazendeiro ficou desconfiado de que Peter havia encontrado algo de valor, e que permanecia ali interessado em retirar pedras preciosas. Dessa forma, o expulsou, e as pesquisas foram interrompidas. Dentre os grandes achados, a ossada de um tatu e uma preguiça gigantes são famosos. E sabe-se lá o que mais poderia ser encontrado...

São ao todo sete salões com 680 metros de extensão e 18 metros de profundidade. A ausência de luz e a escassez de alimentos faz com que poucos animais vivam no interior de grutas. Mas tivemos a feliz oportunidade de ver alguns ilustres moradores: um grupo de uns trinta morcegos, bem pequenos, que ficaram bastante nervosos com nossas lanternas!

Ilustres moradores da Gruta de Maquiné.

A visita dura uma hora, mas a vontade é de não sair de lá mais! Tudo muito lindo. Vale muito!


Pra nossa felicidade, havia um bebedouro com água geladinha na saída pra encher as garrafinhas (tem que lidar com um monte de abelhas, mas dá pra sobreviver). E teve carona pra descer, logo na saída da gruta!


Passeio mais lindo, que quero muito voltar!

Agora, falta apenas uma para completar o Circuito das Grutas: Lagoa Santa. Até lá!



Gruta do Maquiné

(31) 3715 - 1310 / (31) 3715 - 1078

E-mail: gmaquine@uai.com.br

www.grutadomaquine.tur.br

 
 
 
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