Uma Longa Viagem até Diamantina/MG
- Mallê
- 2 de ago. de 2016
- 2 min de leitura
Lá estava eu, há quase 20 dias na casa dos meus pais, passando as férias com o meu filho. Apesar dos planos para irmos a outras cidades, não saímos do lugar. Primeiro o aniversário da minha mãe, depois a família chegando para o Capelinhense Ausente, as Bodas de Ouro da Vovó e do Vovô... Por fim, as férias do pequeno acabaram! E sendo assim, comecei a pensar em quando eu voltaria para Belo Horizonte, já que eu ainda teria duas semanas de folga.
A princípio, decidi ficar até a quarta-feira, dia 27. Alguns amigos fariam um Sarau um dia antes, e eu queria muito participar. Mas daí que não deu certo. O evento foi adiado. Fiquei mais um dia, dois... Disseram que seria remarcado. Não foi. Não aconteceu. Já era sexta-feira.
Numa passada rápida pelo Facebook, vi que uma amiga estava mochilando ali bem pertinho de Capelinha, e seguiria rumo a Diamantina. Trocamos algumas mensagens e decidi ir encontrá-la. De lá ela iria para BH; poderíamos ir juntas.
Sábado. Manhã. Roupas no varal, mochila desarrumada... Tudo resolvido muito em cima da hora. Entrei em contato com algumas pessoas. Um amigo dos tempos dos Festivais de Música nos receberia. Tentei carona. Nada. O último ônibus sairia às 14h. Almocei rapidinho com meus pais.
Rodoviária. Comprei passagem (quase morri do coração quando o moço do guichê disse que custava R$ 86,60!!!!!). Respirei. Créditos para o celular, pra tentar não ficar incomunicável. Chega o ônibus. Papai e eu nos olhamos: Vixe! Uma nuvem de poeira ambulante. Lata velha daquelas (lembrei do preço da passagem... ai!!!)! Respira fundo! Bença pai! Tchau filho! Entra no busão.
O caminho mais rápido até Diamantina seria passando pela cidade de Turmalina/MG. Mas é claro que ele iria por outro lugar! Partimos. Depois de 28 minutos na BR, ele desvia. Estrada de chão. Tudo era uma coisa só! Plantações de eucalipto: monocultura. Poeira no chão, no ônibus, na vegetação da beira de estrada: monocromático. De repente, asfalto! Ufa!! Por qualquer motivo que eu desconheço, o "trecho" asfaltado durou exatos 2 minutos! E terra outra vez... Curvas e saculejos. Itamarandiba, Carbonita, Senador Modestino Gonçalves, São Gonçalo do Rio Preto, Couto Magalhães de Minas, Mendanha...

E não é que eu cheguei? Depois de cinco horas e meia de viagem! Entrei em contato com a Priscila - ela já havia chegado, nos encontraríamos no Centro. Liguei para o Pablo, que gentilmente me buscou na rodoviária. Fomos caminhando até sua casa para que eu aprendesse o caminho e deixasse minhas coisas. Não era muito longe.
Frio de doer os ossos. Vesti quase todas as roupas da mochila! Compramos um vinho. Fizemos o moço do supermercado nos emprestar um abridor de garrafas. "Só se não estragarem. Tenho que vender ele depois". Conheci seus amigos. Abracei a Pri. Guardamos as mochilas dela. Vivemos!
Com um Festival de Jazz e banho de chuva na madrugada gelada, Diamantina me recebeu a seu melhor modo!
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