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Cochilando no Volante

  • Mallê
  • 12 de jul. de 2016
  • 2 min de leitura

Domingo, às 8:31h da manhã, decidi que iria para a casa dos meus pais. Já de férias há 10 dias, minha viagem programada há 6 meses deu com os burros n'água! Por isso a mudança nos planos. A ansiedade estava crescendo. Melhor partir. Às 9:33h, consegui entrar em contato com uma pessoa que iria para o mesmo destino. Carona garantida! Sairíamos segunda às 6h.

Como já dizia o Pequeno Príncipe, se vieres às 6, desde às 3 terei insônia (ansiosos entenderão)! Com uma pontualidade britânica, eram exatamente 6:00 (atente para os DOIS zeros dos minutos) quando o interfone tocou. "Já cheguei. Pode descer". E fui...

Conversamos um bocado. Sobre política, principalmente. Mas às vezes o assunto acabava (haja o que dizer em 7 horas de viagem). Num desses momentos de silêncio, ele comentou que havia dormido pouco. Logo depois, disse que estava com fome.

Mapa do trajeto da carona: de Belo Horizonte/MG até Capelinha/MG.

Paramos em Diamantina (metade do caminho) para lanchar. Uns minutos de conversa, e partimos outra vez.

A estrada dali pra frente tinha muitos remendos no asfalto. Uma tentativa mal sucedida de tapar buracos.

Dá pra ver um buraquinho ali no asfalto?

Achei estranho o fato de estarmos acertando todos os buracos ao invés de tentar desviar deles. E hora ou outra, umas freadas onde não tinha nada na pista. A explicação: motorista cochilando!

Ele foi pro acostamento e disse que precisava parar um pouco. Jogou água nos olhos na tentativa de despertar. Estava bem sonolento. Disse a ele que podia descansar se precisasse. Ele afirmou que dava pra seguir.

Alguns quilômetros à diante, a parte mais monótona da estrada: retas de até 8km! O motorista começou a "pescar". Água no rosto mais duas ou três vezes. E nada.

Nessa hora, eu já estava tensa. Coloquei em prática todas as técnicas de respiração possíveis pra me manter calma. Mas o nervoso fez a barriga doer. Gases! E aí foi aquela concentração pra não escapar nada.

Faltavam cerca de 200km pra chegar em casa. Na tentativa de deixá-lo acordado, comecei a falar. Falar muito! Sobre tudo: futebol, faculdade, família, café, eucalipto, clima, céu sem nuvens, inverno, crise, pneu, feijão, música... Ufa! E assim fomos, até que, enfim, avistei a entrada da cidade!

Fiquei orgulhosa do meu auto controle. Consegui manter a calma. Sem crise de pânico. Sem pum! Chegar em casa foi um alívio (pra cabeça, pro coração, e pra barriga)!

 
 
 

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