Festa do Capelinhense Ausente
- Mallê
- 26 de jul. de 2016
- 2 min de leitura
Capelinha é ainda muito jovem. No ano de 2013, comemorou seu centenário. Nos últimos anos, a cidade vem se desenvolvendo rapidamente, oferecendo cada vez mais estrutura para seus moradores. Mas nem sempre foi assim...
Durante décadas a cidadezinha viu muita gente partir com suas malas na mão e os olhos cheios de esperança, em busca de sonhos, oportunidades de emprego para garantir o sustento de suas famílias, estudos que garantissem um futuro mais tranquilo. Nada disso havia por aqui.
Muita coisa mudou. Mas as vezes ainda é preciso deixar Capelinha, principalmente para estudar, já que contamos apenas com a promessa de uma Universidade na região.
Enquanto não se inverte a situação, Capelinha mostra que, além de ótima mãe, sabe ser uma excelente anfitriã! Todos os anos no mês de julho, quando grande parte de seus filhos voltam para rever seus familiares em ocasião das férias escolares, a cidade é tomada por um clima de grande alegria e nostalgia.
As ruas estão cheias. Nos bares, amigos de longa data reunidos. Música, risos, abraços. É quando acontece aqui uma das festas mais conhecidas na região: o Capelinhense Ausente. Capelinha abre suas portas para quem quiser vir celebrar a chegada de quem volta pra casa (ainda que por pouco tempo)!
A primeira Festa do Capelinhense Ausente aconteceu no ano de 1987. Foi criada por Raimundo Alves Soyer, conhecido por todos como Dão Soyer e Juracy Lopes Soyer, com o intuito de arrecadar fundos para a festa de São Vicente de Paula.

A festa cresceu tanto que hoje recebe pessoas de todo o país. Aqueles que foram morar em outras cidades são divulgadores em potencial, sempre trazendo amigos, que passam a ser assíduos frequentadores do evento.

O Capelinhense Ausente hoje é realizado no Parque de Exposições Paulo Afonso. Grandes palcos são montados oferecendo espaço para a música local, além de quatro dias de shows com artistas renomados.
"É hora de voltar pra casa"! Criada pelo empresário Tim Soier no final dos anos 90, esta é a campanha da festa desde então.

Além dos shows, a festa conta com parque de diversões, barracas com comidas típicas, exposição de artesanato local, e o Galpão Cultural que merece um capítulo a parte para detalhar sobre sua grandeza! Por isso, é preciso se apressar, pois nesta época, os hotéis estão lotados e os ingressos rapidamente esgotam!
A economia local agradece: bares e restaurantes lotados durante toda a semana, barraqueiros que aproveitam do grande fluxo de turistas, produtores rurais que se beneficiam e já vão preparados para a Feira Livre de sábado que fica ainda mais cheia do que o de costume.
Para quem tem interesse de aproveitar a festa, deixo um recado de amiga: venham bem agasalhados! A cidade está a 900 metros de altitude. O Parque de Exposições é aberto e está localizado no Bairro das Acácias, um dos mais altos da cidade! Para completar, o evento acontece em pleno inverno... A festa vira a noite, se estendendo pela madrugada, quando faz um frio de doer os ossos! Para isso, dançar bastante também ajuda a superar a temperatura que costuma ficar abaixo dos 10°C.
Capelinha espera vocês no próximo ano!
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